Publicado em 18/set/2007
Tags: renato portaluppi
“Nos íamos viajar naquela noite para a serra e eu disse que não ia viajar. Então o Verardi mandou eu ir falar com o presidente. Ai eu disse que ia para a serra, mas não ia para Tóquio. Então eu fui para a serra e treinei. Ai voltamos, descemos para Porto Alegre, chegamos e eu falei:
- Seu Verardi, se o senhor não falar com o presidente, não vou viajar não.
No dia seguinte era a nossa viagem. Nos fizemos um jogo amistoso em Porto Alegre e eu insisti que não ia viajar se o presidente não tirasse aquela multa. Ai o Verardi sugeriu que nos fossemos na sala dele. Então nos fomos. Só que eu disse que eu queria uma testemunha. Levamos o Espinosa. Entramos. Eu me lembro ate hoje do presidente. Ele era meu pai. Então falou:
- O que houve, Renato?
- Não vou viajar
E o Espinosa apavorado. E o Koff:
- Não vai viajar, você esta maluco? Não vou tirar a multa.
Virou e mexeu, continuamos a discutir e fechou o seguinte: eu fiz um trato com ele.
Eu sugeri:
- Eu viajo e o senhor deixa a multa. Se nos formos campeões, o senhor tira a multa. Se eu meter um gol, o senhor me dá um reajuste, mas sendo campeão.
Ai ele disse:
- Ta legal.
Então falei:
- Tem mais uma coisinha: se eu meter dois gols, o senhor dá o meu reajuste e dobra meu salário. E o Koff disse:
- Você esta maluco?
Ai ele deu o reajuste e dobrou o meu salário com o maior prazer.
Quando terminou o jogo, eu perguntei: cadê o presidente? “Eu olhava para ele e ele fugia de mim, ai eu ria e ele também”
Por Renato Portaluppi no livro Até a Pé Nós Iremos, página 180.
GREMIO CAMPEAO MUNDIAL 1983
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